Por que complicamos o que poderia ser simples?
Quantas vezes transformamos algo que poderia ser leve e natural em algo pesado e cansativo? Neste artigo, descubra como o medo do julgamento, a busca pela perfeição e a ideia de que só o difícil tem valor acabam criando barreiras à autenticidade. Um convite para enxergar essas armadilhas invisíveis e aprender caminhos para resgatar a leveza, a verdade e a simplicidade no dia a dia.
Por Vanessa Garcia
8/3/20253 min read
Por que complicamos o que poderia ser simples?
✨É curioso como, tantas vezes, transformamos o que poderia ser simples em algo excessivamente complexo. Essa tendência, quase automática, se infiltra em muitos aspectos da vida: das pequenas escolhas cotidianas a projetos maiores e até relações pessoais.
❓Mas o que nos faz complicar tanto o simples?
E quais as consequências desse hábito que, muitas vezes sem perceber, carregamos conosco?
Medo do julgamento
Uma das causas mais comuns é o medo do julgamento. Queremos que tudo esteja perfeito antes de ser visto, lido ou ouvido — como se só o impecável fosse digno de ser compartilhado. Esse desejo de aprovação pode parecer inofensivo à primeira vista, mas na prática nos faz revisar, repensar e refazer tantas vezes que, muitas vezes, desistimos antes mesmo de começar.
O que seria apenas uma ideia, uma frase solta ou um gesto espontâneo acaba se tornando um processo longo, cansativo e pesado. Paralisa mais do que move. E, por ironia, quanto mais travamos tentando acertar, mais nos afastamos da essência do que queríamos dizer ou fazer.
Desejo da Perfeição
Outro ponto importante é a ideia, muitas vezes inconsciente, de que só aquilo que é complexo tem valor. Existe quase uma crença social de que profundidade precisa vir acompanhada de palavras difíceis, conceitos elaborados ou grandes construções. Como se algo só pudesse ser relevante se fosse “difícil” de entender ou de produzir.
Mas a verdade é que profundidade não tem a ver com complicação. Pelo contrário: frequentemente, é o simples que mais toca. É a mensagem direta, o gesto honesto, a palavra curta que alcança o outro — porque chega sem filtros, sem excesso e, justamente por isso, parece mais verdadeira.
Confundir profundidade com excesso de complexidade
Complicar é, muitas vezes, uma armadilha disfarçada de cuidado e medo. Queremos entregar o melhor, mas acabamos prendendo o que deveria circular. E, nesse processo, esquecemos que a vida não pede sempre grandes produções.
✅E quando a gente simplifica?
Quando simplificamos, as coisas começam a fluir com mais leveza: falamos sem tanto medo, criamos sem tanto peso, vivemos sem tanto filtro. E assim nasce a autenticidade!
A simplicidade não significa superficialidade. Significa clareza e coragem de dizer e mostrar o essencial — mesmo que não esteja perfeito. Porque, no fim das contas, é justamente essa imperfeição que nos humaniza.
E talvez, ao perceber isso, possamos começar a escolher menos complicação e mais verdade. Menos excesso e mais essência. Porque, mais do que impressionar, o que realmente importa é chegar de forma genuína ao outro — e, antes de tudo, a nós mesmos.
📝Em resumo:
Às vezes, sem perceber, complicamos o que poderia ser simples.
Entre o medo do julgamento, o desejo de perfeição e a crença de que só o complexo tem valor, acabamos perdendo a leveza do gesto espontâneo, da palavra direta, da ideia que nasce livre.
Simplificar não é ser raso — é ter coragem de mostrar o essencial, mesmo que não esteja perfeito.
Porque, no fim, é justamente isso que mais conecta: aquilo que é real.
Com carinho,
Vanessa Garcia.
@institutoparental
contato@nessagarcia.com
www.nessagarcia.com




Sobre a autora:
Vanessa Garcia é Educadora Parental | Advogada | Pós-graduada em Educação Parental e Inteligência Emocional | Pós-graduada em Psicologia Jurídica.
Nascida e criada no Rio de Janeiro, Brasil, atualmente vive em Montreal, Canadá, com seu marido e filha.
Apaixonada pela subjetividade e complexidade do ser humano, pelo universo da maternidade e pelas histórias únicas que cada família traz, Vanessa dedica sua carreira a ajudar pais e mães a transformarem suas relações com amor e respeito.